segunda-feira, 20 de julho de 2009


Minha querida...
Quanto tempo!!!
Que saudades...
Parece que foi ontem que nos falamos por telefone, não é? Falamos dos filhos (seus netos)todos, aliás, como temos o que falar! Nossa! É assunto que não acaba nunca! Principalmente agora, que estão adultos. Quando são pequenos e crianças só nos fazem falar das fraldas, primeira gripe, os arranhões e pontos no queixo, escola, das malcriações, das birras pra tomar banho, das notas ruins, das férias e aniversários, enfim, dos assuntos de sempre de todas as mães. Quando ficam adultos, grandes, se "achando", o quê que muda?! Nada. Continuam os assuntos sobre as birras, os aniversários, a hora do banho e do jantar, quase que as mesmas coisas de antes, só que recheadas de barbas e bigodes, namoradas, camisinhas, papos e mais papos sobre a violência nas ruas e boates, os pitboys de plantão doidinhos pra arrumar encrenca com nossos filhotinhos tão ingênuos, ah! Profissão daqui, trabalho dali, viagens, ficagens, sacanagens...Santa ingenuidade a nossa, né não? Desde quando paramos de falar, reclamar, elogiar, pensar e respirar sobre nossos filhos e netos? Desde nunca minha querida. E agora, mesmo com a senhora tão distante dos meus olhos, é que me dou conta de como está sempre por perto...Que curioso, isso. Bom, sua árvore está muito bem, eu diria que quase que enooooooorme!!! Muito linda e com flores cheirosíssimas. De um rosa bem escuro, quase maravilha, sabe como? A sua cara, eu acho. Exuberante, pra ser mais exata. Exatamente como a senhora sempre foi: intensa, cheirosa e exuberante.
Os garotos sentem sua falta. Eu também. Ainda ontem falei muito de nós com um amigo, de como éramos amigas e como a senhora sempre me aconselhou em tudo, de como nos gostávamos, mesmo tão diferentes. Como se tornou meu anjo protetor e dos meninos também.
É querida, sinto muito sua falta. Mas, quer saber? De vez em quando, quase sempre, sinto que está por perto. Às vezes, sinto seus passos, escuto seus gestos, percebo seu olhar. Aqui mesmo, em casa. Como um anjo da guarda, sempre alerta. E agradeço por isso. E gosto. Sei que está mesmo por aqui, dando um vistaço, como diz Guillermo.
Obrigada, querida.
Obrigada por ter momentos para mim e minha casa, para meus filhotes e Guillermo, que sei, de quem a senhora gostava muito. Fique por aqui, não me importo. Sempre que quiser, venha. Podemos bater um papinho, ok? Pode ter certeza de que a escutarei como nunca consegui, antes.
Te amo.

Um comentário:

  1. Já li o que escrevi para a senhora de novo. Acho que umas dez vezes. Queria poder ter dito isso e muito mais com a senhora junto de mim, aqui em casa, ou por telefone mesmo, tudo bem. Tá, sei que a senhora anda por aqui de vez em quando quase sempre, mas, como tem muito o que fazer por aí que eu sei, não dá pra ficar aparecendo o tempo todo. Tudo bem. Entendo. Hoje pensei na senhora muitas vezes. É assim mesmo, tem dias que conversamos mais e isso me faz muito bem. Espero não estar incomodando em nada. Sei lá se isso lhe atrapalha de algum modo, espero que não. Acho que não, caso contrário, a senhora já teria me dito.
    A senhora ia gostar da Magali e de ver o Rodrigo atualmente. Vocês se dariam muito bem. Os dois estão felizes e eu, muito orgulhosa.

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